“Pensa na pessoa que ficou feliz! Saiu agora que sou a única brasileira”, comemora Josy Madruga, de 47 anos. Neste sábado (8), a atleta recebeu a confirmação para participar da Maratona das Areias, que acontece em abril, no deserto do Saara, no Marrocos. A prova é considerada uma das mais extremas do mundo e a segunda mais difícil do planeta.
A inscrição foi realizada em junho de 2024, mas a boa notícia chegou enquanto Josy treinava. “Fiquei doida, gritei! Eu estava treinando e falei: ‘Meu Deus, agora vou ter que carregar a bandeira do Brasil’”, conta a atleta. Além da conquista da vaga, a surpresa foi descobrir que será a única mulher brasileira na competição. No total, apenas mais um atleta do país conseguiu classificação para a prova.
Uma das provas mais desafiadoras do mundo
A Maratona das Areias é um verdadeiro teste de resistência física e mental. Com um percurso de 250 km a ser completado em seis dias, os participantes enfrentam temperaturas que podem chegar a 50°C, além de um terreno hostil, repleto de dunas, pedras e areia fofa.
Outro grande obstáculo é a autossuficiência: cada atleta precisa carregar sua própria comida e equipamentos, recebendo apenas água e uma barraca compartilhada à noite. A combinação de fatores faz com que a prova seja considerada um dos maiores desafios do esporte mundial, exigindo não apenas preparo físico, mas também um enorme controle psicológico.
“Vou ter que me conectar 100% com Deus, e Ele vai me guiar. Para mim, esse é o maior desafio, porque meu corpo está treinado, mas, se minha mente não estiver forte, tudo se complica”, reflete Josy sobre as dificuldades que enfrentará na competição.
Anos de dedicação e superação
Para encarar esse desafio, Josy vem se preparando há dois anos. A atleta mantém uma rotina intensa de treinos físicos e psicológicos para suportar as condições extremas da prova. Além disso, conta com o acompanhamento de um médico, cuja liberação é um dos critérios exigidos pela organização da Maratona das Areias.
A dedicação, no entanto, não para por aí. Antes mesmo de competir no Saara, Josy já tem novos planos: no próximo ano, quer encarar uma outra ultramaratona, dessa vez no Everest.
Sobre ser a única representante feminina do Brasil na prova, ela diz que encara o desafio com muito orgulho. “É difícil, mas uma honra. Vou carregar a bandeira do Brasil com todo o meu coração”, destaca.
Fonte: Campo Grande News.